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1º Semestre

A seguir, você encontrará algumas reflexões, participações em fóruns e os principais trabalhos (individuais ou em grupo) realizados ao longo do 1º semestre de 2014
Redes
Redes Sociais em Educação

 

A disciplina Redes Sociais em Educação abriu o curso de Inovação em Tecnologias Educacionais. Como nem todos os alunos estavam inscritos na plataforma Blackboard, foi formado um grupo no Facebook "Redes Sociais em Educação". A ideia foi discutir e refletir como ocorria o processo de ensino-aprendizagem em um ambiente não formal, tal como uma rede social. 

Logo de início, tive a chance de ampliar o conceito que tinha acerca de uma rede social, entende-o ora como plataformas de relacionamento, ora estendendo esse conceito para as interações que as pessoas criam nesses ambientes. Nesse sentido, na disciplina, nos debruçamos no entendimento das redes sociais como plataformas virtuais, desde Facebook, Instagram, mas também o Whatsapp, o Twitter, o Youtube, os blogs e as wikis, que permitem interações e relações entre pessoas.

 

Design Educacional
Games
Tendências
Gestão

Projeto Final - Blog de Geografia

 

Boa noite para todos,

Depois de alguns dias escolhendo, decidi que irei montar um blog com assuntos de Geografia, voltado para alunos do ensino médio.
Pensei inclusive em acrescentar, sempre que possível, dicas sobre enem, vestibulares, e atualidades que podem aparecer nas provas de ciências humanas ou mesmo nas redações.

Também tenho a intenção de fazer uso do twitter, de forma associada, como se fosse um guia de informações, apresentando atualizações das postagens, ou mesmo compartilhando links que considerar relevante.

A princípio, não pensei em limitar o assunto (geografia física, humana, geopolítica, cartografia...), mas conseguir selecionar os assuntos que parecem mais relevantes para esse público e que englobe o conteúdo do segmento.

aceito sugestões!!

no fórum...

Vinícius Lemos

Boa ideia Fabiana, certamente os alunos desta disciplina se beneficiarão desta interação fora da sala de aula. O legal de blogs é que você pode desenvolver maneiras dos alunos contribuirem com comentários e postagens e, com o Twitter, você pode agregar links e informações por hashtags específicas. 

Ana Persel

Olá Fabiana!

Lendo sua ideia visualizei seu blog com links que levam para alguns quizzes, com finalidade mais voltada a memorização dos conteúdos de Geografia do que a competitividade por pontuação. Se gostar, fica a dica! 

Um abraço! 

Design Educacional

 

A disciplina Design Educacional tratou dos fundamentos e das bases do design instrucional, como área do conhecimento, processo e produto, bem sua aplicação nos contextos educacionais contemporâneos.

Logo no início, por meio de um chat e da elaboração de uma matriz colaborativa, refletimos sobre os conceitos relativos ao design educacional. No chat, pudemos discutir um pouco mais sobre o papel do designer no processo educativo, diferenciando-o dos papéis do pedagogo e do professor. Neste sentido, ficou claro naquele momento, uma atuação muito mais voltada para o desenvolvimento de um projeto – e também nas etapas de acompanhamento e produção. Segundo a profa. Andrea, esse profissional precisa conhecer fundamentos de multimídia e as TICs, pois interage diretamente com os profissionais de TI. Isto é, suas atribuições estão diretamente ligadas à gestão de projetos, uma vez que ele é capaz de planejar, conceber, produzir, avaliar o projeto, contando com o apoio de uma equipe multidisciplinar. Por outro lado, professor e pedagogo, possuem carreiras mais voltadas aos processos educacionais em si, exigindo-lhe deles um grau de conhecimento técnico diferente, no que diz respeito às mídias e às tecnologias.

 

no fórum...

Fórum 6 - Para onde vai o design educacional?

 

Confesso que gastei um bom tempo para absorver as informações passadas aqui no fórum.

Assim como o Marcelo, também compartilho da angústia de estar no estágio inicial da discussão, especialmente quando saímos de práticas atingimos níveis mais teóricos de reflexão.

Curiosamente, há uma semana atrás, por um acaso, me deparei com o livro da Martha Gabriel – Educ@ar: a (re)volução digital na educação – citado pelo Vinicius e indicado pela Andrea. Acabei por comprá-lo, mas infelizmente ainda não tive tempo de conclui-lo. No entanto, a leitura que fiz até o momento já foi suficiente para que eu pudesse aprender um pouco mais sobre a evolução das tecnologias digitais de informação e comunicação, como elas transformam a sociedade e, em particular, a aprendizagem.

Além disso, é bastante interessante a análise que a autora faz sobre a transição da era da informação para a era da inovação. Especialmente quando apresenta que há algum tempo era possível “repetir fórmulas”, inclusive na educação. Isto é, o que se aprendia na faculdade, permanecia por um longo período, e agora essa dinâmica de mudança tende a ser muito rápida, exigindo, por exemplo, que um profissional, independentemente de sua área de atuação, crie soluções rápidas (e inove) para se adaptar a esse processo.

Fiquei me questionando se essa “repetição” de procedimentos também já não pode recair no DE, caso as fases de planejamento e análise deixem em segundo plano, por exemplo, as necessidades de aprendizagem, com a Andrea apresentou, e partam apenas da ideia que esse novo perfil de aluno (o da era digital) precisa de fórmulas diferentes, tanto da sala de aula, quanto da mediação tradicional aluno-professor.

É importante ressaltar que a introdução de novas tecnologias, nem sempre atinge (sozinha) o objetivo de centrar a aprendizagem no aluno (e em sua autonomia), por mais que nos dê essa impressão. (...)

Achei o vídeo indicado, da Lucia Santaella, bastante relevante e esclarecedor, especialmente porque ela apresenta questionamentos que são próprios da realidade da educação brasileira – quando apresenta que a escola ainda é bastante conservadora e tem dificuldades para mudar paradigmas, ou ainda, quando questiona que, até este momento, não conseguimos resolver problemas primários, que não são solucionados apenas com a inserção de novas tecnologias (e que dizem respeito também a processos educacionais).

Mas o mais interessante é que tanto a fala da Martha Gabriel, quanto da Lucia Santaella apresentam, cada a uma a sua forma, a necessidade da interação, da troca, da produção de conhecimento compartilhado. Algo que o Salman Khan também apresenta em sua palestra e no livro (ambos citados e indicados em comentários anteriores).

Dentro desse contexto, penso ser fundamental o papel do DE e entendo que a sua contribuição certamente pode ir (e vai) além de modismos quando atinge efetivamente esse estágio (?) da interação; ou quando encontra soluções educacionais que não promovam apenas a adaptação de um conteúdo “x” em um ambiente mais atrativo, mas garante a prática pedagógica, a personalização dos ambientes de aprendizagem e, sobretudo, a interação entre as pessoas. (...)

Concordo com os colegas que apresentam que as redes sociais, ambientes virtuais, trilhas de aprendizagem, simuladores, surgem como as grandes tendências educacionais. Assim como acredito que é fundamental o papel do DE para transformar essa ferramentas em algo concreto e, efetivamente, tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico, flexível e contextualizado, conforme propõe o texto “Ambientes virtuais de aprendizagem: desafios de uma escola de governo”.

Talvez de forma muito precipitada, pelas leituras, pelos vídeos e pela interpretação que fiz das falas dos colegas até o momento, tendo a acreditar que caminhamos para modelos de DE mais semelhantes ao da “estrada 2”, que mais larga e inclusiva. Mas confesso que ainda caminho no campo do “achismo”! :)

Tenham um bom domingo!

Abraços,

Fabiana

Fórum 4 - A que contextos o DE se aplica?

 

Assim como os outros colegas, também acredito que estamos diante de uma disciplina que traz aspectos de mais de um modelo de DI, especialmente, do "aberto" e "contextualizado". Ainda tenho dúvidas quanto a afirmar que também temos elementos do DI fixo por aqui.
Pelo que eu entendi, esse último se baseia na dissociação das fases de elaboração e execução. Desta forma, creio que apesar de uma estruturação prévia, nosso curso não pode ser concebido totalmente antes da matrícula dos alunos, do conhecimento sobre suas trajetórias e suas contribuições. Estou certa?

Além disso, pelo que naveguei nos cursos da FGV, e pensando em outros que já realizei, o modelo DI fixo pode ser reutilizado na íntegra em diferentes momentos, coisa que eu não vejo acontecer conosco.
Por fim, gostaria de compartilhar que também achei bem tênue as diferenças entre DI e LD (pelo menos nessa primeira leitura).

Tenham um ótimo final de sábado e domingo!

 

Andrea Filatro

Fabiana, você está correta em suas considerações sobre o DI fixo em nossa disciplina.

Quanto à questão da reutilização, relaciona-se mais a padrão de programação e granularidade dos materiais produzidos. Existem milhares de objetos de aprendizagem desenvolvidos em DI fixo e que podem ser reutilizados porque são aderentes a um padrão de interoperabilidade (por exemplo, SCORM) que permite sua vinculação a outro pequeno objeto de aprendizagem.

Há uma grande discussão sobre o esvaziamento contextual desses pequenos objetos quando considerados isoladamente, mas eu pessoalmente acredito que, pesando custo-benefício, a contextualização pode ser provida no nível das atividades de aprendizagem propostas. (...)

Faz sentido para você(s)?

Abs,

Andrea

Gestão em Tecnologia Educacional e Educação a Distância

 

Na disciplina Gestão em Tecnologia Educacional e Educação a Distância, pudemos discutir uma série de aspectos – de diferentes naturezas – que envolvem a estruturação e a organização da educação a distância enquanto modalidade educacional.

Inicialmente, discutimos as potencialidades e os desafios dessa modalidade, levando em consideração a inserção das mídias e das tecnologias no processo.

no fórum...

Fórum 1

A educação é uma modalidade educacional dinâmica e que têm avançado bastante no que se refere ao uso de tecnologias de informação e comunicação. Essa velocidade, no entanto, não parece estar sendo a mesma, seja no desenvolvimento da cultura organizacional ou na ação dos profissionais – incluindo-se gestores, técnicos e docentes.

Assim, que ações você julga que, se efetivadas pelas instituições e pelos profissionais, teriam impactos importantes para que esse desafio possa ser vencido?

 

Boa noite a todos!

O que percebemos, na instituição em que trabalho, é que a resistência para aceitar a EaD está justamente na falta de conhecimento que se tem dessa modalidade. Não é exceção vermos pessoas reduzindo a EaD ao simples ato do aluno "ler coisas no computador" ao invés de assistir uma aula.

Apesar dos investimentos e a necessidade de atender questões legais, muitos monitores do programa de educação de jovens e adultos (onde trabalhamos) contribuem para o discurso negativo em prol da mudança da modalidade presencial para a EaD, porque acreditam que a tecnologia reduz e/ou limita o seu trabalho. Quando na verdade não conseguem entender as possibilidades de aprendizagem que se abrem com a introdução de novos recursos, objetos e práticas.

No entanto, considero importante destacar que a difusão desse discurso é fruto de um processo de formação profissional que não se renova e fica preso às práticas seguras (enfrentar o desconhecido requer uma certa dose de desapego rs). Quando falamos em autonomia do aluno na modalidade EaD, temos quase que convencer algumas pessoas que essa não é sinônimo de estudo isolado e que, na verdade, o papel do monitor (tutor, professor) torna-se ainda mais imprescindível para os estudantes desse segmento.

A instituição que trabalho faz parte do universo de instituições de ensino que, aos poucos, está migrando de modalidade. Isto é, ela não foi criada nesse "corpo" e o convencimento dos docentes, discentes, direção e corpo administrativo é diário, árduo e ao mesmo tempo gratificante. 

Desta forma, considero fundamental a criação da cultura da EaD, como o prof. Robson aponta. A capacitação, a formação dos monitores e das equipes escolares são peças-chave para que o planejamento efetivamente saia do papel. Essas práticas fazem parte do nosso plano de gestão, no momento em que as escolas migram para a modalidade EaD e, a partir de então, torna-se um processo continuado de formação. Uma das nossas atividades na instituição é justamente acompanhar (ora a distância, ora presencialmente) esse processo.

Boa noite!

 

Certamente a desvalorização dos profissionais da educação muitas vezes impede que o professor tenha condições financeiras, práticas e logísticas (quando pensamos nas jornadas triplas) de desenvolver tudo o que dele se espera nos manuais e discussões a respeito da educação.

Assim, não seria nada coerente julgar que esse profissional é avesso às mudanças (que estamos discutindo aqui) pelo simples fato de ser resistente, e não estar disposto a mudar sua aula, suas práticas, ou a largar o giz e a lousa e passar a usar um aplicativo, como se isso fosse a fórmula que mudaria a realidade da educação brasileira.

Por isso, creio que seja consenso de todos aqui no fórum, de que quando falamos em “resistência” não estamos sendo reducionistas, apenas pautando-nos na ideia (igualmente reducionista) de que esse profissional não aceita a tecnologia pelo simples fato de ser incapaz de perceber que o mundo mudou, e ele tem que aceitar o tablet que eu estou lhe oferecendo.

Assim, espero acreditar que quando falamos em “resistência”, estamos sim levando em consideração que ela é fruto da própria desvalorização profissional. Ter novas funções atribuídas, novos olhares para a aprendizagem, novas técnicas e novos espaços de aprendizagem envolvem um tempo de adaptação e formação, que muitas vezes não é dada a esse profissional.

No entanto, temo que podemos recair em um círculo vicioso que nos impeça de avançar na discussão: o professor é resistente versus o professor não é bem remunerado para tantas exigências. Da mesma forma, creio que essa discussão é mais antiga que os próprios impactos que as novas tecnologias promoveram no mundo da educação.

Talvez se dermos um passo para trás, poderíamos perceber que não estamos falando apenas dos impactos da sofisticação tecnológica na sala de aula (e se o professor é capaz de lidar com toda essa “parafernália” ou não), mas de contextualizar a escola nesse cenário de mudanças.

Já entramos em um momento da história em que a inclusão digital e a democratização da informação são direitos fundamentais, inclusive do professor. Assim, não se trata apenas da pergunta: “que tecnologia o professor vai usar em troca do giz?”, mas:

- “como garantir que todos tenham acesso à tecnologia como um bem fundamental para o seu processo formativo?”

- “como isso lhe pode ser útil futuramente (por exemplo, no mercado de trabalho) e também para aprender algo (agora)?”

- “como posso fazer uso da tecnologia para garantir um maior acesso ao conhecimento; atingir pessoas que o modo presencial/tradicional não consegue atingir; criar alternativas de aprendizagem?”

Nesse sentido, concordo que cabe também ao professor/monitor/tutor a tarefa de transformar as suas práticas e entender que a educação exige outras tantas novas. No fim, me parece que essa tarefa é comum a qualquer outro profissional inserido no mercado de trabalho, no mundo corporativo e no mundo acadêmico. (Não estou dizendo que é uma tarefa fácil; especialmente se considerarmos as inúmeras dificuldades e diferenças de realidade do nosso país. E não podemos mesmo desconsiderá-las).

 

Fórum 3

EAD requer organização em todos os níveis - gerencial, administrativo e pedagógico. Isso não significa um engessamento da estrutura. A era digital tem apresentado a flexibilidade como elemento fundamental e básico da aprendizagem. 

Que medidas podem ser adotadas para que as concepções das estruturas curriculares possam acompanhar as novas possibilidades apresentadas pelo mundo digitalizado?

 

Boa noite!

Concordo com os colegas quando apontam que o planejamento é fundamental no processo de estruturação de um curso nessa modalidade.

O prof. Robson pediu para que levantássemos e discutíssemos elementos administrativos, pedagógicos e técnicos elementares para a elaboração de um plano de gestão. Todavia, antes disso, gostaria apenas de trazer para a reflexão um outro elemento que me parece fundamental, que é justamente a simbiose desses três aspectos mencionados.

De nada adianta termos estruturado e organizado os aspectos administrativos, as ações pedagógicas e centralizado todo um aparato técnico para a execução de um curso, se esses três elementos não dialogam. (Certamente, na modalidade presencial isso também se faz necessário; contudo, quando falamos de um processo que ocorre em tempos e espaços distintos, esse diálogo me parece muito mais essencial).

Talvez a modalidade EaD tenha o mérito de ser menos fragmentada que a modalidade presencial, onde cada um ainda está muito centrado em tarefas específicas, dentro de um tempo e um espaço quase que totalmente rígido (óbvio que existem exceções).

Falo isso, pois percebo diariamente, na empresa em que trabalho, a total interação do grupo administrativo e pedagógico, no processo formativo das escolas que iniciarão a modalidade EaD e também nas práticas cotidianas. É praticamente impossível pensarmos, por exemplo, em uma sistemática de avaliação, considerando apenas elementos pedagógicos, e não levarmos em conta os aspectos legais e administrativos que envolvem esse processo.

Assim, não penso que a dimensão administrativa funcione meramente como um suporte ao corpo pedagógico. Na verdade, cada vez mais, considero que a busca por soluções educacionais deve reconhecer que o processo de aprendizagem contempla outras esferas além da questão pedagógica. Da mesma forma que os aspectos técnicos (podemos assumir aspectos técnicos e tecnológicos como sinônimos?) se conectam a esses caminhos (e conectam esses dois caminhos).

Dito isso, apenas reforço que acredito que a interação, que tanto abordamos quando falamos da relação aluno-aluno e aluno-professor nos ambientes virtuais, também faz parte do processo de planejamento. Isto é, a EaD é a uma modalidade interativa desde sua concepção.

Sendo assim, um plano de gestão em EaD deve ser concebido dentro dos princípios da dinâmica e da complexidade que o processo de ensino-aprendizagem nessa modalidade exigirá (das tomadas de decisão, passando pela coordenação, à organização espaço físico, dos recursos disponíveis).

Tal como os colegas já citaram, também acredito que as mudanças na sociedade atual, fundamentada em um mundo globalizado e quase todo conectado por redes, exijam mudanças na educação.

Para responder a pergunta do professor, creio que os aspectos pedagógicos fundamentais, que devem ser considerados nesse cenário, é a intertextualidade, a garantia de uma aprendizagem que dê conta de trabalhar múltiplas linguagens, competências e habilidades, bem como a interdisciplinaridade.

Do ponto de vista administrativo, além de aspectos legais de documentação, garantia da infraestrutura e logística, acredito que não podemos deixar de mencionar o atendimento ao aluno, não apenas nos fóruns e no cumprimento de atividades, mas na resolução de diversas pendências que ocorrerão ao longo do curso. Se os ambientes virtuais ou as redes sociais são o elo de interação entre aluno, professor e instituição, também os aspectos administrativos devem ser contemplados nesses espaços.

Não que não seja importante para os outros aspectos, mas penso que o conhecimento do público alvo é essencial para o levantamento dos aspectos técnicos, no processo de elaboração de um plano de gestão em EaD. Esse conhecimento prévio, pode direcionar escolhas de mídias, tecnologias, softwares de apoio, materiais didáticos, isto é, a estrutura tecnológica que garantirá a interação do aluno, professor, instituição.

Games, Simulações e Mundos Virtuais em Educação

 

A disciplina de Games, Simulações e Mundos Virtuais foi um grande desafio. Desde o início foi àquela que eu mais “temia”, especialmente quando soube que deveríamos elaborar um jogo. No entanto, já no Fórum 1, tivemos a oportunidade de refletir sobre o conceito de “situação gamificada” e, com isso, pude perceber que não falávamos de algo exatamente novo.

Assim, durante a disciplina, o que mais me chamou a atenção foi justamente a possibilidade de poder desenvolver situações de aprendizagem que envolviam circunstâncias características de um jogo, tal qual a colaboração, a interação e o engajamento do aluno em completar e realizar tarefas, das mais simples às mais complexas.

no fórum...

Trilha 1 - Projetos de Aprendizagem

 

Boa noite, profa. Eliane e colegas!

Escolhi comentar as minhas dúvidas e considerações no post criado pela Lucilene, pois fiz um caminho semelhante ao dela para entender um pouco mais sobre o universo dos games, simulações e mundos virtuais em educação. E como primeira tarefa também assisti ao vídeo do prof. João Mattar "Games e Gamificação em Educação".

Sendo assim, logo de início me foi esclarecida a ideia de gamificação, e como ela foi incorporada não apenas à educação, mas em outras áreas ou atividades. Nesse sentido, mesmo sem perceber, na sala de aula podemos usar elementos estruturais dos games (interação, cooperação, feedback, regras) para criar uma situação de aprendizagem, sem que um jogo propriamente dito seja utilizado. Ou seja, um desafio de matemática, por exemplo, mesmo sem usar qualquer aparato tecnológico, pode estar inserido nesse processo de gamificação.

Confesso que até ingressar nessas discussões, uma situação de aprendizagem gamificada significava literalmente aprender com um jogo e não aprender a partir de situações usadas, elementos e características de um jogo, tal qual a colaboração e o engajamento do aluno em completar e realizar tarefas - das mais simples às mais complexas. Com isso, quebra-se o paradigma (ou o pré-conceito) de que gamificar não significa "brincar"; e que tampouco esse processo deva ser considerado apenas para as séries mais iniciais, como uma aprendizagem lúdica, reduzida a concepções que abarcam ou remetem apenas ao universo infantil.

Assim, concordo quando afirmamos que o processo de gamificar não é algo relativamente novo. No entanto, me parece que uma das tendências da educação é promover situações de aprendizagem onde os jogos eletrônicos e simuladores são incorporados à sala de aula e ao processo de construção do conhecimento. Basta olharmos para as coleções didáticas mais recentes, para percebermos que os próprios sites disponibilizam links e espaços virtuais para que aqueles passem a fazer parte das estratégias dos professores.

Acredito que autores e editores tenham percebido uma fatia pedagógica na linguagem dos games (simulações e mundos virtuais), bem como entendido que a cultura dos nativos digitais internaliza essa linguagem de uma maneira muito rápida.

Apesar do pouco contato e de estar iniciando as leituras sobre essa temática, creio que além dos jogos eletrônicos, simulações e mundos virtuais permitem a recriação e uma ressignificação da realidade e ampliam as possibilidades de experiência que um aluno pode ter, desde a realização de uma experiência (como a Paloma disse em outro post) ou uma visita a uma cidade ou a um museu.

Creio que agora eu me junto à discussão apontada pela professora, que questiona as aproximações e distinções que podemos estabelecer entre simulações e mundos virtuais. Para mim, as distinções ainda são bastante sutis e talvez eu ainda não tenha subsídios para arriscar definições; contudo, quando falamos em aproximações, inicialmente me vem a ideia de interação, colaboração e experimentação e, de certa forma, transformação. Fatos que certamente contribuem para uma educação mais dinâmica.

Boa noite!

Trilha 2 - Cultura Digital e os novos sujeitos da aprendizagem

 

Boa tarde,

Percorri a trilha considerando os questionamentos propostos no "Desbravamento 2":

Quais os princípios que norteiam a ideia de "fazer parte" de uma cultura digital? O que muda nas formas de ensinar, aprender, de se relacionar no contexto da cultura digital, principalmente vinculada a perspectiva dos games, gamificação, simulação e mundos virtuais?

A partir dessas questões e das leituras propostas, considero que uma das principais mudanças (e um dos grandes desafios) do processo de ensino-aprendizagem – e da educação como um todo – é a hibridização do conhecimento e das formas de buscá-lo.

A introdução das novas tecnologias proporcionou ao educador e ao educando a libertação da educação monocromática – fundamentada no conteúdo reproduzido na lousa, no livro e na fala do professor – e a possibilidade de uma educação policromática e polissêmica. Entendo que essa é a linguagem dos novos sujeitos da educação; e a escola não se deve furtar de acompanhar essas transformações. A geração digital, seja ela nascida ou “adaptada” a uma forma de vida híbrida, pautada na convivência do analógico e do digital, é comunicativa e polissêmica em sua natureza; e é por isso que a escola, que segue moldes tradicionais, quase sempre torna-se enfadonha e pouco atrativa.

As novas tecnologias, representadas pelos games, simuladores, ambientes virtuais, smartphones, tablets, vídeos, podcasts, internet, redes sociais e uma infinidade de novos recursos, não substituem a escola e o professor no processo de ensino-aprendizagem, mas contribuem para que a produção do conhecimento seja significativa; na qual o aluno pode ser capaz de interagir, pesquisar, experimentar e se apropriar de diferentes ferramentas e linguagens para atingir seus objetivos.

Pelo que pude compreender ao assistir o vídeo, a cibercultura está justamente nesse limiar, uma vez que ela preconiza, conforme foi apontado, uma cultura da leitura e da escrita de forma ampla, e possibilita a ampliação da produção do conhecimento a partir de materiais em diferentes formatos.

Tenham um ótimo feriado!

Trilha 6 - Imersão, telepresença, presença digital virtual, presença relacional e presença social

 

Boa noite,

Sobre o desbravamento proposto na Trilha 6: Que compreensões podem ser construídas em relação aos conceitos de Imersão, telepresença, presença digital virtual, presença relacional e presença social, considerando o contexto dos metaversos e dos games?

Reforço aqui algumas ideias já apresentadas nas discussões propostas no fórum sobre Metaversos (trilha 3).

Pelo que pude compreender todas essas ferramentas, que a princípio não foram criadas com objetivos educacionais, podem exercer um papel fundamental para o processo de ensino-aprendizagem, quando aplicadas de forma adequada. E, dentro desse contexto, o uso delas fundamenta-se na premissa de que, assim como outras áreas e setores, também a educação deve incorporar esses processos, especialmente porque parte das relações humanas, em maior ou menor grau, passam a ser mediadas por diferentes tecnologias.

A tecnologia do Metaverso proporciona ao usuário o uso da linguagem textual, oral, etc, em diferentes cenários – mundos virtuais paralelos (MDV3D); tratando-se, portanto, de um ambiente máximo de interação e imersão (Immersive Learning), de forma que o usuário incorpore esse ambiente como se, de fato, estivesse naquele lugar. Sendo assim, elimina distâncias físicas e permite que relações, que anteriormente só aconteciam em ambientes reais, passem a acontecer no contexto da virtualidade, simulando a própria realidade (Simulações).

Para a educação, me pareceu que esses ambientes são usados como narrativas, onde o aluno-jogador pode executar tarefas e participar de experiências de aprendizagem, além de estabelecer laços de convivência, cooperação e colaboração com os outros alunos e receber feedbacks instantâneos durante a permanência no espaço.

Com isso, creio que a imersão em ambientes virtuais proporciona, cada vez mais, uma situação onde a telepresença faz parte da nossa presença (ou seja, das nossas ações diárias). Em outras palavras, chegamos a um ponto no qual a nossa vida virtual não é alheia à nossa vida. Os perfis criados nas redes e as informações e ações desenvolvidas nesses ambientes - sejam as redes sociais ou mundos virtuais como o Second Life - fazem parte de nosso cotidiano. Nesse sentido, acredito que a identidade digital não se qualifica enquanto uma “outra identidade”, mas sim uma forma de expandirmos nossas relações, sejam elas ligadas às atividades pessoais, trabalho ou estudos – algo que Martha Gabriel chama de “cibridismo”, ou seja, uma tendência onde o “online” e o “off-line” não são elementos opostos, mas existem ao mesmo tempo, simbioticamente (para usar a expressão da autora).

Segue link para o artigo completo:

GABRIEL, Martha. Cibridismo: ON e OFF line ao mesmo tempo. (2012). Disponível em: http://www.martha.com.br/cibridismo-on-e-off-line-ao-mesmo-tempo/

Tendências em Tecnologia Educacional e Educação a Distância

 

A disciplina Tendências em Tecnologia Educacional e Educação a Distância analisou e refletiu sobre as tendências educacionais nas modalidades presencial e a distância, especialmente com a inserção da internet e das tecnologias móveis nos ambientes educativos.

A partir de vídeos e textos de referência, discutiu-se tendências e metodologias inovadoras, bem como os modelos blended.

Ao longo da disciplina, buscou-se valorizar todo o processo educativo, isto é, do desenvolvimento e introdução de uma nova metodologia inovadora às mudanças nos processos avaliativos, decorrente dessas transformações. 

no fórum...

Fórum 1 – Tendências na Educação


Boa noite, professor!

Consegui ler alguns comentários que os colegas postaram e temo em ser repetitiva quanto às minhas colocações. Mesmo assim, gostaria de destacar, como a maioria já o fez, o quanto as novas tecnologias se inserem na educação e como elas criam novas necessidades e práticas para o processo de aprendizagem.

Ainda que não se possa afirmar que a educação a distância vá sobrepor a educação presencial / tradicional; é quase que inconcebível, atualmente, discutirmos educação e não reconhecermos que as novas tecnologias já fazem parte desse universo, ainda que a realidade brasileira seja bastante diversificada e, por muitas vezes, precária.

Nesse sentido, ao assistir ao vídeo e ler os textos propostos, talvez pela experiência docente, me chamou atenção o papel que o professor do século 21 deverá ter. Parece um consenso afirmarmos que as tecnologias, apesar da imensa importância, não substituem a figura do professor. Todavia, essa figura precisa ser reinventada; e isso não se faz sem qualificação (que deve ser incentivada e não apenas cobrada).

Creio que quando perguntamos “o que esperamos do professor no século 21?”, deveríamos imediatamente responder que só poderemos esperar dele àquilo que oferecermos a ele, nesse que parece ser um momento claro de transição da educação.

Para mim (e acredito que para a maioria), todo o potencial que as tecnologias podem oferecer para garantir que o conhecimento seja alcançado, por meios mais colaborativos e interativos e, por isso, mais significativos, só serão validados se o professor estiver preparado para trabalhar com diferentes linguagens, habilidades e estágios distintos de aprendizagem de seus alunos.

Digo isso, pois se formos fazer uma comparação bem simplista entre o atuar como professor orientador, mediador do conhecimento de um aluno autônomo (que, no entanto, não está sozinho, e não aprende de forma isolada) e entre o atuar como um professor orador, que expõe suas ideias e nada, ou pouco, recebe em troca, pois aluno é um ouvinte; o esforço do primeiro parece ser bem maior. Falo isso sem desqualificar que essa segunda forma citada já foi muito útil e, em alguns casos, ainda é. Apenas ressalvo que, nos dias de hoje, exigimos que o professor seja cada vez mais orientador e menos orador.

E, para que esse esforço se reverta em ensino e qualidade, o professor tem que estar preparado. Ainda que a gente assuma uma educação centrada no aluno, onde o professor deixa de ser o único detentor do conhecimento, seu papel não deixa de ser essencial. Inclusive, para criar formas de transformar a tecnologia em uma linguagem, e não apenas em uma ferramenta, que o aluno certamente já conhece seu uso, ou aprenderá muito rapidamente.

Assim, ao meu ver, a qualificação profissional permite que os professores também participem (juntamente com os alunos) desse processo de desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicação voltadas para a educação, garantindo que aquelas sejam, de fato, significativas para a aprendizagem e permitam que os alunos tenham a possibilidade de aprofundar o conhecimento, de ir além da interação da sala de aula e da educação formal – que é o grande trunfo das TICs.

Ou ainda, como foi citado no vídeo, para que os alunos possam realmente aprender com o diferente. E, para que isso aconteça, também o professor tem que aprender a ensinar, mediar, orientar, educar, com o diferente.

Afinal de contas, a inclusão digital é um direito fundamental de todo o cidadão, incluindo o professor!

Professor e colegas, tenham uma ótima noite!

 

Fórum 2 – Metodologias, Blended, e Educação Online

 

Boa noite!

Ao estudar o material proposto para esse módulo, podemos perceber as inúmeras novas formas de ensinar e aprender que o mundo conectado/digital e as novas tecnologias nos trazem. Entretanto, como bem podemos ver, não são essas novas tecnologias que garantem uma nova educação; mas elas contribuem em muito para aqueles que se propõem a sair das práticas mais tradicionais e rígidas.

A educação, assim como outros campos, tem a chance de eliminar certas barreiras do tempo e do espaço, tornando-os mais relativos e mais flexíveis; assim como o desenvolvimento dos meios de transportes e de comunicações já puderam proporcionar esse feito em outros momentos.

É só olharmos para o modelo industrial da época do fordismo (nem precisamos ir lá início da revolução industrial), com esse modelo atual que alguns chamam de acumulação flexível e outros de toyotismo. 

A rigidez e a padronização cederam lugar à robotização, à flexibilidade da produção (que pode ser feita em vários locais) e à customização do produto final. Hoje eu posso escolher ter um carro X preto, com ar condicionado e banco de couro. Enquanto outro cliente, do outro lado do mundo, ou o meu vizinho de porta, escolhem comprar o “mesmo” carro X na cor prata, com air bag e com um motor mais ou menos potente. É o cliente que determina. Isso seria inconcebível na época do fordismo, onde a linha de montagem da esteira rolante padronizava os nossos gostos e aquilo que iríamos consumir. Consumíamos, mas o que a indústria queria.

Podemos continuar produzindo no modelo fordista? Sim, muitas indústrias no Brasil, especialmente as menores, ainda produzem no ritmo da esteira. Isto é, é um modelo que foi ultrapassado, mas não é ruim ou errado. Ele apenas passou a conviver com um modelo que atende melhor as necessidades do mundo produtivo contemporâneo.

Podemos aqui traçar um paralelo com a educação, uma vez que as novas tecnologias (seja com o uso de um aplicativo, um simulador, uma situação gamificada ou um ambiente virtual) - assim como no processo produtivo industrial - também possibilitaram a flexibilização, no caso, da aprendizagem. Além disso, da mesma forma que a robotização promoveu a customização da produção, podemos pensar que as tecnologias digitais, que facilitam a pesquisa e a comunicação, customizam a educação. O aluno torna-se protagonista do processo, fazendo da educação algo mais significativo. Daí a aprendizagem horizontal e colaborativa.

Ainda assim, apesar de toda a flexibilidade desse modelo de produção, ainda é preciso um lugar, no caso, uma montadora, para reunir as peças e partes fabricadas no mundo inteiro, para obtenção do produto final. Da mesma forma, temos a escola, que não perde o seu papel. Digo isso, porque ainda que ela se torne apenas um dos lugares possíveis da aprendizagem, esse “apenas” ainda não pode ser minimizado.

A escola e o professor ainda são as figuras que vão guiar e orientar o aluno no processo do conhecimento. Uma sala de aula invertida mal aplicada, pode criar pelo menos duas situações ruins e não tão incomuns: 1) o aluno que não conquistou autonomia não consegue estudar 2) o professor tem o retrabalho de resgatar o que não foi apreendido no momento ideal, e com isso, não consegue aplicar na sala de aula o que havia planejado. Nesse caso, nem o aluno e nem o professor atingiram efetivamente o que essa metodologia propõe. Falamos muito que o professor é resistente, mas também precisamos reeducar nossos alunos.

A aprendizagem dentro dessas novas propostas é realmente muito mais interessante, mas o aluno é igualmente responsável por ela. Será que nossos alunos (falo do Brasil) estão preparados? Pensemos em um aluno que está acostumado a ouvir de seu professor “tudo aquilo que ele precisa saber” para ter sucesso escolar ou passar em um vestibular, por exemplo. O que faremos com esse aluno? Ele está preparado para a customização da educação?

Inegavelmente as novas tecnologias são fundamentais e necessitam fazer parte das novas metodologias de ensino-aprendizagem, mas elas também se tornam inimigas quando aplicadas de forma inadequada. Ou seja, qual seria a minha contribuição enquanto educadora, se eu peço para um aluno pesquisar sobre um determinado assunto e, em sala de aula, aplico atividades dinâmicas mas sem verificar se esse aluno foi atrás de fontes confiáveis para sua pesquisa? Ensinar o aluno a ser autônomo é uma das tarefas mais difíceis desses novos modelos educacionais que propomos, especialmente quando sabemos, por exemplo, da quantidade de "groselhas" que a internet igualmente armazena no ciberespaço. Por isso que a figura do professor, realmente orientador, é ainda muito mais importante, para nortear o aluno e guiá-lo nessa busca pelo conhecimento.

Se por um lado a robotização substituiu o trabalhador pela máquina na produção industrial; na educação não vejo essa possibilidade. Na indústria dos países centrais e de muitos países emergentes, como a Coreia do Sul, muitos trabalhadores foram qualificados para trabalharem em outras etapas do processo produtivo, como o designer, a administração, a logística. No caso da educação, o professor deve ser qualificado para ainda atuar na sala de aula; todavia, com uma nova realidade em suas mãos, para então se tornar um gestor da aprendizagem, como vimos no vídeo.

Tenham uma ótima noite!

Vinícius Lemos

Olá Fabiana,

adorei seu post. Bem pé no chão e provocador. 

Me lembrei de um caso que uma amiga minha estava insatisfeita com a professora dela pois a aula exigia que o aluno descobrisse o conteúdo e as regras gramaticais (aula de inglês). Ou seja, a aula seguia um método indutivo e não dedutivo. Ela comentava que estava irritadíssima com essa abordagem pois estava pagando e queria que a professora explicasse tudo tim tim por tim tim, não queria ter o trabalho de "descobrir" e concluir como funcionavam as regras gramaticais de um determinado assunto. Isso é fruto do nosso sistema educacional que sempre colocou no professor o papel de transmissor absoluto de todo conteúdo. É uma quebra de paradigmas enorme que ainda precisa ser vencida. Muitos alunos, principalmente os das gerações anteriores, não gostam da ideia de descobrir de forma colaborativa, de forma indutiva e esperam que o professor monopolize todo o processo. 

Fabiana Leal

Concordo, Vinícius!

Essa mudança perpassa o aluno também. Às vezes nós temos uma tendência a olhar para a atuação do professor, pois é a nossa realidade, mas a gente não pode esquecer o papel do aluno. E a aprendizagem colaborativa depende dele. 

Já pensando um pouco nas discussões propostas no módulo 3, creio que é exatamente esse um dos fatores para muitos alunos (mais velhos) torcerem o nariz para novas metologias, tal qual sua amiga. A velha fórmula da aula retórica e presencial foi posta em cheque e nós não estávamos preparados.

O curioso é que essa nossa geração, de 30, 40 anos, tende a prolongar os estudos, com segundas graduações e diversas pós. Ou seja, somos alunos há mais tempo, mas ainda não nos entusiasmamos com certas mudanças, enquanto alunos.

Se o professor tem dificuldade para vencer a barreira da tecnologia, porque ele não foi qualificado, muitos alunos também sofrem desse mesmo bloqueio. E, por isso, não conseguimos entender o caráter multifuncional e flexível que o ensino EaD pode nos proporcionar.

Aproveito para dizer que achei ótimo o exemplo que o professor deu no vídeo, comparando a escola com a caverna de Platão e as tecnologias como os elementos que proporcionam o contato dos alunos com o mundo. Para mim, é exatamente essa essência da tecnologia na educação: a de instigar a curiosidade do aluno e que tem que ser aproveitada e trabalhada constantemente pelos professores.

Daí a ideia que eu tentei argumentar no post acima, o professor está longe de perder sua importância, ainda que tenhamos infinitas possibilidades de construir o conhecimento; diferente do operário que, com sorte e qualificação, passou a atuar em outras áreas do processo produtivo.

Abraço,

Fabiana

Também na disciplina, discutimos os conceitos de aprendizagem formal e aprendizagem informal. No caso, nosso interesse esteve voltado para o uso das redes sociais em educação; especialmente a aprendizagem formal (que é aquela proposta oficialmente por uma instituição de ensino, como objetivos de aprendizagem específicos).

Nesse contexto, enquanto discutíamos, tínhamos também a oportunidade de vivenciar – observando vantagens e desvantagens – uma proposta formal de aprendizagem em um ambiente informal, tal como o grupo do Facebook. Mais tarde, pudemos comparar esses com os ambientes formais virtuais, tal como Blackboard, por exemplo, pudemos refletir sobre os tipos de relações que ocorrem em cada um dos ambientes (aluno-aluno, aluno-professor, aluno-conteúdo).

A proposta da disciplina foi elaborar um espaço de aprendizagem em um ambiente informal. Para tanto, elaborei o blog (Blogspot) “Ops, geografei.”, onde tive a oportunidade de desenvolver um espaço de ensino-aprendizagem de Geografia, voltado para o Ensino Médio, especialmente com assuntos recorrentes nos grandes vestibulares.

Feitas as primeiras discussões, nos foi apresentado que, nesse contexto, papel do Design Instrucional diz respeito ao planejamento, ao desenvolvimento, à aplicação e à análise de recursos, técnicas, metodologias e objetos de aprendizagem, capazes efetivar o processo de ensino-aprendizagem.

Na sequência, tivemos a oportunidade distinguir os modelos fixo, aberto e contextualizado do design instrucional e conhecer suas fases e aplicabilidades em diversos contextos educacionais. Inclusive, fomos convidados a comparar e a analisar alguns exemplos, discutindo as características de cada um.

Nesse processo, analisei o curso da FGV, enquadrado no perfil de um curso estruturado a partir do DI fixo, uma vez que seu conteúdo era fechado em um “pacote”, e não permitia alterações ao longo do percurso, por exemplo, de acordo com o perfil do público-alvo.

Por fim, tivemos a oportunidade de discutir sobre as tendências em design educacional, tal como o learning design e a aprendizagem adaptativa. (Destaco em negrito, no Fórum 6, algumas considerações feitas nesse momento da disciplina).

 

A “Pecha Kucha” sobre Geração Digital (elaborada em trio – um grande desafio!) tangenciou a discussão sobre essas novas tendências educacionais e o papel do design educacional nesse processo. 

Nesse contexto também discutimos sobre as resistências que a modalidade enfrenta, bem como a constituição da “cultura da EaD”, que envolve um processo contínuo de formação e capacitação daqueles que se envolvem direta e indiretamente com a educação a distância e, por esse motivo, deve estar inserida no plano de gestão. (Destaco em negrito, no Fórum 1, algumas considerações feitas nesse momento da disciplina).

Ao longo do processo, pudemos consolidar algumas ideias referentes aos aspectos pedagógicos e administrativos da modalidade, e também, conhecer as especificidades da gestão dessa modalidade. (Destaco em negrito, no Fórum 3, algumas considerações feitas nesse momento da disciplina).

Por fim, antes do desenvolvimento do trabalho final, discutimos alguns conceitos e metodologias para a elaboração de um plano de gestão.

Nesta atividade, tivemos justamente que elaborar um Plano de Gestão de Educação a Distância de um centro de EaD, para uma instituição fictícia, considerando os aspectos administrativos, pedagógicos e tecnológicos que caracterizavam essa modalidade educacional. Com essas premissas, em parceria com o Marcelo, elaboramos um plano de gestão pensando em uma organização que contasse com a parceria entre uma empresa e uma instituição de ensino para o oferecimento da modalidade. Tal vínculo (instituição-empresa) é próxima daquela que mantemos, na instituição de ensino onde trabalhamos, com as empresas que oferecem EJA para seus funcionários. Por essa razão, a elaboração desse projeto foi bastante proveitosa, uma vez que pudemos inclusive, conhecer com mais afinco os aspectos legais e administrativos de nosso ambiente de trabalho.

assista ao vídeo ou baixe o documento em formato .pptx :

Nesse contexto, no qual o aluno tem a oportunidade de vivenciar novas experiências de aprendizagem, a imersão e os mundos virtuais digitais aparecem como ambientes de profunda colaboração e, por esse motivo, podem ser amplamente usados na educação, no sentido de ampliarem os laços entre a comunidade de aprendizagem, sobretudo, aquela que atua em espaços e tempos distintos, tal como a EaD. (Destaco em negrito, nas Trilhas/Fóruns 1, 2 e 6, algumas considerações feitas ao longo da disciplina).

Pela natureza da disciplina, também desenvolvemos parte de sua proposta em diferentes Metaversos e Games. Para tanto, elaboramos avatares no Second Life e no ActiveWorlds 3D, com isso também buscou-se refletir sobre os conceitos de “presença”, “identidade” e “alteridade”. (Destaco em negrito, na Trilha/Fórum 6, algumas considerações feitas nesse momento da disciplina).

Nas últimas semanas da disciplina, passamos a nos dedicar ao desenvolvimento do Jogo “Caminho para a Universidade”, um jogo que mescla os jogos de tabuleiro e as novas tecnologias (uso de smartphones e aplicativos que fazem a leitura de QR codes).

O jogo é uma preparação para o ENEM e, por isso, é possível que os alunos estudem as áreas do conhecimento Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências Naturais e Matemática. Para tanto, os alunos contarão com uma situação em que terão disponíveis Webaulas e em alguns momentos da trilha itens de desafios, como Exercícios on-line. Com isso, farão uma revisão do conteúdo do Ensino Médio, ao contemplarem as competências e habilidades que a avaliação exige; no entanto, terão a oportunidade de aprenderem de forma prazerosa e lúdica.

No decorrer do processo, procurei sempre refletir sobre as tendências em tecnologias educacionais pensando não apenas como alguém que desenvolve recursos, metodologias e objetos educacionais, mas, especialmente, levando em consideração a aplicabilidade destes na sala de aula. Isto é, quais os impactos de metodologias inovadoras nas ações dos alunos e professores, independendo do segmento. (Destaco em negrito, no Fórum 1, algumas considerações feitas nesse momento da disciplina).

O texto publicado no Fórum 2 também é uma reflexão sobre as tendências e novas metodologias educacionais. No entanto, nele faço um paralelo sobre a educação e os modelos industriais do Fordismo e Toyotismo, para refletirmos sobre como as TICs são capazes de gerar processo de aprendizagem mais customizados, além de priorizarem a autonomia dos alunos. Aliás, a autonomia do estudante foi tema do trabalho final da disciplina, quando discuti projetos inovadores.

Na primeira parte dessa atividade, tivemos que descrever a analisar dois projetos educacionais inovadores e analisar a viabilidade de desenvolvimento destes em outros grupos e instituições. Para tal objetivo, escolhi o Projeto GENTE, desenvolvido na Escola Municipal André Urani, no Rio de Janeiro; e a Geekie, uma empresa que desenvolveu uma plataforma de ensino adaptativo, que oferecem aos alunos trilhas de aprendizagem individualizadas e customizadas, tendo como base as habilidades e competências que cada um necessita desenvolver.

Na segunda parte, tivemos que produzir uma reflexão sobre como contribuímos com a educação, bem como sugerir algum projeto inovador gostaríamos de participar ou já participamos. A proposta está descrita no trabalho anexado; no entanto, vale ressaltar que, por conta de minha experiência profissional e das discussões feitas nessa disciplina, pude refletir e consolidar algumas bases para desenvolver projetos futuros pautados na autonomia dos alunos. 

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